Cuidados com a elaboração de dieta natural: – Cuidado com Ômegas

Na semana passada falamos genericamente das gorduras na dieta de nossos pets e hoje vamos aprofundar um pouco mais discutindo uma fração muito importante delas: Ômegas.

Ômega é muito bom para o seu pet, mas sabendo usar.

Óleos e gorduras, agrupam-se em bromatologia como extrato etéreo, exercem importantes funções na nutrição de cães e gatos. São inicialmente palatáveis incentivando o consumo das dietas. São fontes concentradas de energia e desta forma influenciam o consumo alimentar. Exercem importante função na absorção de alguns nutrientes, como por exemplo as vitaminas lipossolúveis A, D, E e K.

Sua inclusão nas dietas deve seguir recomendações mundiais do NRC e AAFCO.

A escolha de fontes adequadas também é fator de alta importância como já escrevemos em artigo anterior assim como o controle de qualidade das fontes de gorduras.

Ingrediente fonte de gordura em mal estado de conservação desenvolve degeneração das gorduras com alteração de cheiro (ranço), cor e de gosto que podem interferir no consumo (uma sorte!) e se ingeridos (um azar!) terão potente ação de agressão às células do sistema digestivo do pet provocando úlceras, diarreias, vômitos e até óbito.

Consumo inadequado, em volume, de gorduras de boa qualidade pode desenvolver alterações na flora intestinal, hiperfunção pancreática, pancreatite e obesidade.

Além de serem excelente fontes de energia alimentar, o grupo das gorduras alberga, na dependência das fontes, os ácidos graxos poli-insaturados essenciais bastante conhecidos como ômegas destacando- se o ácido araquidônico (essencial para felinos) e ácido linoleico (Ômega 6- inflamatório) e os Ômegas 3 (anti-inflamatórios) a serem utilizados em relações que variam de 10: 1 até 2:1.

A popularidade da suplementação de Ômegas, pode levar a consumo inadequado, pois esses ácidos graxos são moléculas insaturadas, sujeitas a oxidação dando a formação no trato digestivo de lipo peróxidos tóxicos, substância agressiva às células da região digestiva e após absorção também poderá haver formação de lipoperóxidos tóxicos agredindo membranas celulares de diversos órgãos.Sugere- se portanto orientação de médico veterinário nutricionista, que irá adicionar como anti-oxidante metabólico, 10 UI de dl-alfa tocoferil acetato para cada grama de óleo de peixe, por exemplo, e se necessário alfa tocoferol como anti-oxidante do meio digestivo.

A utilização de suplementos de Ômegas em animais que serão submetidos a cirurgias, deverão ser suspensas previamente uma vez que estes ácidos graxos interferem em coagulação e cicatrização de feridas cirúrgicas.

Utilização de Ômegas exige monitoração de médico veterinário nutricionista para o acerto de doses e equilíbrio.

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