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Como escolher meu cachorro?

Chegou a tão esperada hora de escolher o seu cachorro, seu novo amigo! Tem para todos os gostos, de todos os tamanhos, idades, cores e nível de energia. Dentre tantas opções, como escolher?

É muito fácil se deixar ser seduzido por aqueles olhinhos redondinhos brilhantes de um filhote com cara de “me leve para sua casa, por favorzinho”.

Mas, já imaginou se você mora em uma kitnet e esse filhotinho irresistível é um São Bernardo? A principal razão pela qual os cães são abandonados são as expectativas não cumpridas, portanto, tome uma decisão com segurança e responsabilidade. Evite adquirir seu pet por impulso ou como presentes, reserve tempo e envolva sua família. Separamos informações valiosas para você refletir e se preparar para escolher o seu novo amigo. 

Vamos lá?

O que levar em conta?

espaço
disponível

necessidade
de passeio

dedicação
ao pet

comportamento
esperado

filhote
ou adulto

adestramento
inteligente

conexão
humano-pet

companhia
ou guarda

cuidados
especiais

onde
procurar

  • Espaço disponível

Filhotes crescem numa velocidade assustadoramente rápida! Por isso, o ideal é você se planejar para ter um cachorro que, quando adulto, seja  de um porte condizente com o tamanho do local onde você vive atualmente.

 

Em termos práticos, se você vive em um apartamento muito pequeno, raças menores serão uma boa escolha, proporcionando conforto tanto para você, como para o novo integrante da família.

Agora, se espaço não é problema, você fica muito mais à vontade para escolher livremente o seu novo amigo.

…e até raças de porte médio ou pequeno

  • Necessidade de passeio

Como regra geral, o ideal é que você se programe para dois passeios diários de cerca de 15 minutos cada. Porém isso é totalmente variável de acordo com a raça e com as necessidades específicas do seu cãozinho.

Dependendo do nível de energia do seu cachorro, talvez você precise de apenas um passeio curtinho ou então três passeios com duração de 20 minutos cada. Isso realmente é bem variável.

Além de exercícios físicos, o passeio também serve para a sociabilização do cão e para estabelecer padrões no seu relacionamento com ele. A obediência e o treinamento em geral, podem ser muito bem trabalhados ao longo dos passeios. Aproveita-se para colocar em prática o que foi aprendido dentro de casa, mas dessa vez, em um ambiente não controlado: com barulho, carros, pessoas, outros cachorros e os mais diferentes estímulos.

Uma coisa que temos a nosso favor nesse quesito, é que não precisamos deixar de ter um cachorrinho por não ter tempo de passear com ele. Hoje, facilmente, você pode contar com o serviço de passeadores (pet walkers) ou optar por deixar seu amiguinho numa creche (daycare) ao longo do dia.

  • Dedicação ao pet

Ter um novo membro na família requer dedicação. Isso vale tanto para um bebezinho humano como para um cão, seja ele filhote ou não.

Para o cachorro poder se habituar ao novo lar e entender quais são as regras do local, essas coordenadas precisam ser passadas com persistência e consistência – o que não pode, não pode e pronto.

Por outro lado, o que precisa ser muito reforçado é que foi feito certo. O melhor exemplo é: acertou o xixi? Ganha recompensa.

Mas… como, por exemplo, eu vou ver toda hora que meu cachorro faz xixi? Dedicação é a resposta. E isso não estamos falando para toda a vida não, esse tipo de atenção extra para ensinar o que pode e o que não pode, é algo para se preocupar mais nos primeiros meses mesmo.

 

Ao longo da vida do seu cãozinho, outras necessidades irão surgir e também é bom ter isso em mente. Pode acontecer de ser acometido por alguma doença que necessite de tratamento constante ou pode precisar realizar uma cirurgia. Outra coisa que também provavelmente irá acontecer, serão cuidados especiais simplesmente devido à idade avançada do peludinho.

Essa etapa é super importante na hora de decidir ter um cachorro em casa, pois a posse responsável é algo imprescindível. A falta de planejamento ou mesmo de conhecimento antes de se escolher um cachorro, traz danos à vida do pet (abandono e maus-tratos) e à sociedade como um todo (excesso de cães nas ruas e em abrigos).

  • Comportamento esperado

Qual expectativa você tem para o novo membro da família? Imagina um cão mais agitado, com bastante energia? Ou já consegue até ver ele bem quietinho ao seu lado ou no seu colo querendo muito carinho?

Estamos falando da satisfação de expectativa para ambos os lados, pois se o cão tem muita energia e isso não é o que você esperava, provavelmente ambos ficarão muito frustrados.

 

Também há algo que é conhecido para verificar o comportamento dos filhotes, no momento de se decidir por um cachorrinho da ninhada. Escolha um peludinho que seja ativo, amigável, curioso e não tenha medo de você.  Além disso, o temperamento dos pais de um filhote pode ser uma indicação de seu comportamento futuro.

  • Filhote ou adulto

Normalmente quando pensamos em ter um cachorrinho, imediatamente já imaginamos um lindo filhotinho chegando em nossa casa. É uma delícia mesmo, mas quem já teve filhote um dia, pode afirmar o quanto precisam de atenção e de limites, o tempo todo. 

Aliás, essa é a primeira dica: converse com algum amigo que já passou por essa experiência e tente entender se você está disposto a essa dedicação extra no primeiro ano do seu novo companheiro.

Não tem problema nenhum querer ter um cachorro, porém não ter pique para um filhotinho pode ser um alerta. O mundo está cheio de cãezinhos à espera de um novo lar e de alguém para amar!

A vantagem de já escolher um cachorro adulto é poder conhecer melhor qual o seu comportamento, saber exatamente qual o seu tamanho e manias. Mas isso só é possível, quando o cachorrinho tem a sua história conhecida.

Adotar um adulto sem histórico pode ser um lindo ato de amor que, infelizmente, a qualquer momento pode causar decepção para ambos os lados, normalmente sendo pior para o pet, que pode sofrer um novo abandono.

  • Adestramento inteligente

Está cada vez mais comum encontrarmos adestradores e especialistas em comportamento canino. E isso é ótimo! Sabendo que você poderá contar com o trabalho de um profissional, dá até uma confiança extra para se aventurar em ter um cachorro, caso seja um receio seu em não “dar conta do recado”.

Mesmo antes de pegar o seu cãozinho, você já pode ir seguindo perfis sobre adestramento e comportamento no Instagram e assistindo vídeos no YouTube, por exemplo. Desse modo, você já vai entendendo a dinâmica da interação humano-pet.

Agora, preste atenção em uma informação bem importante que vamos passar: o adestramento não é só para o cão. Isso mesmo, infelizmente essa não é uma tarefa que possa ser somente terceirizada e não ter o seu envolvimento. Se você não seguir a proposta e o método passados pelo profissional, o trabalho, muito provavelmente, será em vão. Talvez você possa ter um cão que obedece somente a quem o treinou e não a você…

  • Conexão humano-pet

Uma coisa que você precisa levar muito em consideração, é o tempo que terá disponível para interagir com o novo membro da família. Sabe porque? A melhor parte de ter um cachorrinho em casa é poder estabelecer uma conexão com ele.

Essa conexão humano-pet já foi estudada. Há, inclusive, comprovação científica que além de gerar bem-estar, essa ligação impacta diretamente na saúde humana – redução na pressão sanguínea e nos níveis de triglicérides, são bons exemplos.

Outra coisa muito entusiasmante é você conseguir estabelecer uma conversa com seu cão, através de sinais e palavras que ele reconhece. Com o tempo e a convivência, é possível saber o que o seu peludinho quer, só de olhar para ele! E se você não entender só com o olhar, não se preocupe, ele vai buscar um outro jeito de te explicar o que precisa… =)

Tem crianças ou idosos em casa?

Um cachorro de médio ou grande porte, mesmo que extremamente dócil, pode causar alguns inconvenientes quando se tem crianças pequenas e/ou idosos em casa. Normalmente, esses peludinhos não têm muita noção do próprio tamanho e podem simplesmente querer pular para ganhar um carinho, sem querer causando quedas e ferimentos em indivíduos mais frágeis ou sem tanto equilíbrio.

  • Companhia ou guarda

Qual o seu objetivo em trazer um cão para casa? Companhia para ficar em casa, companhia em viagens, praticar esportes em conjunto ou para a guarda do seu patrimônio. Essa informação é bastante relevante na hora de saber como escolher o seu cachorro.

Talvez para praticar esportes junto com você um Buldogue Inglês não seja o cão mais aconselhável. Essa raça é conhecida como preguiçosa, além da dificuldade natural para estabilizarem a temperatura por serem braquicefálicos (focinho chato). Nesse caso, um Whippet (ou Galgo) seria o companheiro ideal para corridas ou te acompanhar numa pedalada, por exemplo.

Para ficar em casa te fazendo companhia, raças como Shi Tzu, Poodle, Jack Russel e Spitz, dentre outras, podem ser uma ótima escolha. Já pensando num cão de guarda, as indicações seriam para Pastor Alemão, Pit Bull e Rotweiller, dentre outros.

Claro que não vamos esquecer dos nossos queridos vira-latas! Como eles são totalmente variados em tamanho e origem de raças, quando for escolher seu cachorro, procure por características das raças que citamos acima. Para isso, você pode conversar com a pessoa responsável pela adoção, para entender melhor sobre as características daquele peludinho específico ou se ela te indica algum cãozinho que melhor se adapte à sua rotina.

  • Cuidados especiais

Cães precisam de cuidados frequentes, muitas vezes diários, variando de acordo com a raça ou necessidades especiais de cada indivíduo.

Às vezes, mesmo não precisando de nenhuma limpeza ou aplicação de medicamentos, o ato de inspecionar é muito bem vindo, para se ter segurança de que anda tudo bem com a saúde do seu pet. 

Investigar as orelhas, olhos, unhas e se há algum tipo de parasita, “carocinho” ou lesão pelo corpo do seu amigão, além de ser uma forma de prevenção, também é uma linda demonstração de carinho e atenção.

Pelos longos

Raças com pelos longos, normalmente demandam escovação e produtos específicos para manter a pelagem viçosa e desembaraçada. Após o banho, o tempo para secagem é bem superior se comparado a cães com pelos curtos.  A tosa periódica, além de ser considerada como estética para muitas raças, também tem influência na saúde do pet. Um exemplo é quando, constantemente, o cão fica com os pelos molhados embaixo da boca após beber água, pois isso pode gerar fungos ou algum tipo de dermatite.

Excesso de dobrinhas

Os exemplos mais típicos são o Buldogue Inglês, Buldogue Francês, Shar Pei, Pug e Boxer. As dobrinhas em torno do focinho são um charme à parte, mas se não forem tratadas com frequência, geram feridas e mau cheiro. Normalmente, essas dobrinhas são áreas que ficam com a umidade elevada, gerando condições propícias para a proliferação de bactérias e fungos, que são os indesejáveis criadores do “cheirinho de chulé”. Uma boa limpeza com a frequência ideal para o seu pet, mantém a saúde em dia e deixam as dobrinhas prontas para receber beijos e apertões.

Abrigo ou ONG

Agora, se a sua opção for por adotar um vira-lata, filhote ou adulto, ou cães adultos de diversas raças, as dicas são praticamente as mesmas, pois o abrigo ou ONG (Organização Não Governamental) também deve ser uma escolha criteriosa a ser feita, assim como em relação aos criadores.

É interessante perguntar para pessoas que adotaram um cachorro, se ficaram satisfeitas com o processo de adoção do local, se as informações passadas foram verdadeiras, se as características do cãozinho bateram com o que disseram e se o novo amigo foi para casa livre de parasitas e doenças não reveladas anteriormente.

A limpeza do local é algo imprescindível e é muito interessante que sejam abrigos preocupados com a adoção responsável, que mantenham contato com as pessoas que adotaram, além de tentarem ao máximo saber o histórico do cão adulto quando resgatado.

  • Onde procurar

Depois de pensar em todas as questões acima, a dúvida é: onde posso procurar o meu novo amigo?

Nesse ponto você já deve ter uma ideia do cão que você quer e das características que busca numa raça ou num vira-lata. Isso já facilita bastante!

Criador

Se você decidiu por um filhote de uma determinada raça, um bom caminho é pesquisar bastante sobre particularidades e características. Assistir vídeos de criadores, entrar em grupos de amantes da raça no Facebook, seguir perfis relacionados no Instagram e conversar com pessoas que já tem um cachorrinho da mesma raça, também é uma ótima maneira de conhecer melhor e saber quais as perguntas corretas para se fazer quando for visitar um criador.

Peça indicação de criadores para as pessoas que estão visivelmente satisfeitas com as qualidades de seu cachorro e de como ocorreu toda a tramitação do negócio. Então, pesquise junto ao Kennel Club se o criador é associado e de fato pode pedir a emissão do Pedigree

Além disso, quando for fazer uma visita ao criador, peça para conhecer os pais do filhote que você foi visitar e certifique-se da higiene do local.

Quando há amor, cuidado e responsabilidade na criação de filhotes, as boas práticas ditam que as matrizes podem dar cria apenas uma vez ao ano e por no máximo 3 vezes. Após isso, é usual que os criadores disponibilizem essas cadelinhas para adoção responsável, depois de feita a castração.

Vamos conversar!

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