Carrapatos – uma ameaça do meio ambiente

E quem nunca ouviu a expressão: “Isso aí gruda mais que carrapato”! Pois é, normalmente as referências não são nada positivas quando falamos de carrapatos e não poderia ser diferente. Carrapatos são ectoparasitas de grande impacto econômico e de difícil controle.

Somente 5% dos carrapatos são encontrados parasitando os animais, o restante é encontrado no ambiente sob forma de ovo, larva, ninfa e adulto.

 

Quais carrapatos são encontrados no meio ambiente? 

No Brasil os principais gêneros são: Rhipicephalus e Amblyomma.

Rhipicephalus

A espécie que parasita os cães e gatos é denominada Rhipicephalus sanguineus.

É parasita de somente 1 hospedeiro (cão ou gato) e é encontrada em elevado grau de infestação ambiental, pois a fêmea é capaz de realizar em média 2,5 gerações por ano.

Esse gênero de carrapato vai ao encontro de seu hospedeiro, caminha no ambiente, pelas paredes e pelo chão, à procura de sua vítima.

Uma vez no hospedeiro pode produzir ovos entre 7 a 10 dias.

Amblyomma

A principal espécie encontrada no Brasil é o Amblyoma cajenense, parasitando desde animais de sangue frio até os de sangue quente (inclusive o homem).

Este carrapato possui três estágios evolutivos, sendo que cada um ocorre em um hospedeiro diferente. É popularmente conhecido como carrapato estrela ou quando ainda jovem, possuindo somente 3 pares de patas, é conhecido como “micuim”.

Esta espécie não vai ao encontro de seu hospedeiro, mas há milhares deles no topo de vegetações, aguardando que os animais venham ao encontro deles. As fêmeas sugam o sangue de seu hospedeiro para realizar a ovo posição, que neste gênero é feita uma vez ano.

Um carrapato adulto desse gênero é capaz de resistir no meio ambiente até dois anos sem se alimentar, a ninfa sobrevive durante um ano e a larva até seis meses.

 

Conheça agora as principais doenças transmitidas por carrapatos

Babesiose

Esta doença é transmitida pela picada de um carrapato infectado com Babesia SP, que entra na circulação sanguínea, ganha o interior dos glóbulos vermelhos e lá se reproduz, causando destruição da célula sanguínea (hemólise).

Ao sair pode levar o pet a desenvolver anemia, aumento do baço e culminar com a morte, se não receber tratamento veterinário adequado o mais rápido possível. Pode ser transmitida ao homem picado pelo carrapato (zoonose).

Erliquiose 

Doença transmitida através da picada de carrapato infectado por Erlichia SP, que entra nas células brancas (leucócitos) e lá se reproduz, tornando o pet mais susceptível a outros tipos de infecção. 

Ao mesmo tempo, reduz a coagulação sanguínea, levando o animal a óbito. Pode ser transmitida ao homem picado pelo carrapato (zoonose). 

Febre maculosa 

Também conhecida como doença das montanhas, é uma doença grave causada por Rickettsia rickettsii, presente no carrapato.  

Causa febre, pápulas, sinais neurológicos, aumento de fígado e baço e morte do hospedeiro. Pode ser transmitida ao homem picado pelo carrapato (zoonose). 

Doença de Lyme 

Tem poucos relatos no Brasil. Os carrapatos contaminados com Borrelia burgdorferi determinam febre esporádica e vermelhidão no local da picada, dores articulares e alterações neurológicas.  

Doença de difícil tratamento, deixando sequelas no hospedeiro. Pode ser transmitida ao homem picado pelo carrapato (zoonose). 

 

Como tirar o carrapato da pele do animal 

 

A manobra inicialmente deverá ser feita e orientada por veterinário, pois a pinça para remoção do aracnídeo deverá ser colocada bem rente a pele e puxada em único movimento, evitando rotações que poderão deixar as garras do carrapato, promovendo infecção local. Após a retirada, a pele deverá ser higienizada. 

O médico veterinário irá prescrever ou aplicar produtos anticarrapatos para uso no pet e no meio ambiente.  

Também será feita a monitoração de exame sanguíneo para detectar possível infecção e tratamento adequado. 

PRESENÇA DE CARRAPATO EXIGE ATENDIMENTO VETERINÁRIO.


Não hesite em correr para o veterinário, caso note a presença de algum carrapato em seu bichinho ou uma súbita alteração de comportamento (como falta de apetite e apatia, por exemplo).

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