Obesidade em cães, saiba como evitar!

Não é de hoje que precisamos nos preocupar com a ingestão calórica diária e a prática de exercícios! Mas, peraí, este blog não é sobre pets? Sim! Como nós humanos, somos os responsáveis por estes anjos em forma de pet, precisamos estar atentos ao que os nossos cães estão comendo, em qual quantidade e se estão gastando a energia acumulada. O tema de hoje é a obesidade em cães, acompanhe a leitura até o final e sinta-se no caminho certo para dar adeus às gordurinhas extras no seu pet!

Obesidade em cães – mais comum que imaginamos!

A obesidade em cães é o principal distúrbio nutricional em clínica veterinária e se caracteriza por um peso acima do normal para a faixa etária do pet.

Este peso acima do padrão é alcançado pelo armazenamento excessivo de nutrientes ingeridos em tecido adiposo (gordura corporal), devido ao desequilíbrio energético, determinado por um consumo calórico superior ao necessário, segundo o estágio de vida e nível de atividade do cão.

Ninguém entendeu melhor sobre equilíbrio que Aristóteles, que o definia como o “justo meio”.

Nutrição é isto: – atender as necessidades nutricionais diárias e nada mais, pois abaixo disso estaremos diante de possíveis estados carenciais e acima estaremos progressivamente correndo o risco de obesidade.

Em geral, percebemos que algo não vai bem quando os cães começam a não gostar das agradáveis e necessárias caminhadas de antes! 

Quando aceitam o passeio, o ritmo não é o usual e geralmente acabam ficando para trás. Eles também aumentam a quantidade de pausas para descanso, apresentando claros sinais de cansaço – cansaço esse, que deve ser respeitado!

 

Muitas vezes este é o sinal que faz com que o tutor perceba que algo inspira cuidados, pois as alterações que acontecem gradativamente no corpo do animal acabam sendo percebidas somente depois.

Sinais como não ver ou sentir costelas de seu cão, coluna ou cintura, flacidez abdominal e até um certo arredondamento da face podem ser minimizados, pois acontecem ao longo de um grande período de desequilíbrio nutricional.

Doenças mais comuns em cães obesos

Diabetes

O pâncreas não consegue segregar insulina suficiente para regular os níveis de glicose no sangue.

Doenças Cardíacas

Podem ser causadas por altos níveis de colesterol.

Artrite

Afeta diretamente a mobilidade, tornando ainda mais difícil para o seu pet perder peso.

 

Até recentemente, pensava-se que o tecido adiposo (lipócitos) era apenas um armazenamento de energia e atuava como isolante térmico relativamente sem vida.

Mas agora sabemos que favorece a secreção de hormônios que afetam o apetite, inflamação, diminuição da sensibilidade à insulina, além de influenciar o balanço hídrico e a pressão arterial, levando a doenças renais e hipertensão.

Além disso, os cães obesos poderão apresentar maiores riscos de complicações anestésicas e cirúrgicas, complicações de doenças cardiorrespiratórias, problemas hormonais, doenças de pele, câncer e distúrbios urogenitais e até mesmo morte precoce.

Fatores que contribuem para a obesidade em cães

 
Todo excesso de energia ingerido tem um único fim: o armazenamento principalmente em forma de gordura. 
Mas muitos outros fatores podem também contribuir para a ocorrência da obesidade canina:
 

Idade

Como nós, cães se tornam menos ativos com o passar dos anos, precisando de menos energia diária também.

Portanto, não é surpresa que se a ingestão de alimentos não for diminuída proporcionalmente, eles podem facilmente acumular tecido adiposo.

Depois da castração engorda?

A castração modifica o sofisticado equilíbrio hormonal dos cães e provoca, se praticada ainda na fase de crescimento, a diminuição natural no crescimento e nas necessidades energéticas.

O estrogênio também diminui a produção de gordura, com níveis previsíveis de redução após a castração.

Tutores que desconhecem essa mudança e continuam alimentando seus pets com a mesma quantidade de comida, geralmente observarão um ganho de peso em seu cão.

Cão muito ativo ou mais preguiçoso?

Nutrir é respeitar as necessidades diárias de seu cão. Mas estas necessidades são afetadas por muitos fatores, um deles é o nível de atividade física, que varia de acordo com a raça, ou até a raça predominante no caso de SRD’s.

Cães muito ativos aumentam para cima as suas necessidades nutricionais calóricas e o contrário ocorre com aqueles cães mais tranquilos.

 

Preste atenção aos rótulos das rações!

A forma como os fabricantes disponibilizam as informações referentes à quantidade a ser oferecida diariamente, ou mesmo o hábito de não ler as informações disponibilizadas nas embalagens, pode ser uma fonte de erro.

As medidas usadas podem ser imprecisas, ou melhor dizendo, podem não respeitar as quantidades sugeridas pelo fabricante, que, na maioria das vezes, estão bem descritas com precisão nos rótulos.

Eventuais trocas de produto poderão interferir na quantidade indicada, mas se os hábitos não mudam e a quantidade continua a mesma, pode ser uma das causas de excessos alimentares ou até estados carenciais.

Este tema é tão complexo que merece, de nossa parte, um artigo especial, no qual incluiremos inclusive erros comuns nas dietas naturais. Aguardem!

Cuidado com a quantidade de petiscos!

A ingestão de petiscos precisa ser muito bem controlada especialmente em raças muito pequenas.

Um petisco para um Mastiff Napolitano ou Poodle Toy certamente representam proporcionalmente a adição diferente de nutrientes na ingestão diária, sendo que um petisco representa para o Poodle Toy muito mais adição do que para o Mastiff Napolitano.

Isto sem contar aquela presença na hora das refeições onde podemos nos render àqueles olhinhos com cara de “E eu?!”. Muita atenção nesta hora: – nunca é demais prevenir a obesidade.

Aspectos sociais entre os cães

Este é um alerta especial para os tutores que convivem com mais de um pet: os cães tendem a competir pela comida e é natural que se desrespeite o comedouro individual.

Este comportamento poderá determinar o consumo inadequado em todo o grupo, o que pode fazer com que alguns cães comam mais do que outros. Cabe ao tutor encontrar um meio em que cada pet receba a quantidade necessária.

Formas de prevenir a obesidade em cães

Lembre-se que é muito mais fácil prevenir do que remediar e nesta linha propomos abaixo alguns cuidados para que a obesidade seja evitada:

  • Respeite a necessidade nutricional de seu cão assegurando que ele receba a quantidade suficiente para o atendimento de suas necessidades nutricionais;
  • Caminhe com o seu cão, pois isto será benéfico para os dois;
  • Acompanhe o peso de seu cão periodicamente e o compare com o padrão.

Converse sobre isso na próxima consulta com seu Veterinário.

O que fazer se o cão já estiver obeso?

Felizmente, é uma condição evitável, que merece muita atenção na prevenção, sendo fundamental o acompanhamento veterinário caso seu cão já esteja obeso.

O veterinário detecta os indícios de problemas e certamente te ajudará na reversão do quadro, buscando que seu pet atinja o peso ideal.

Dietas ricas em proteínas e fibras, mas com baixo teor de gordura são tipicamente recomendadas para perda de peso.

Este tipo de dieta dá ao cão a sensação de saciedade e reduz a ingestão calórica, contribuindo para que o metabolismo se ajuste e que quantidades depositadas de gordura sejam mobilizadas para o atendimento das necessidades nutricionais.

Gastar mais energia é algo valioso, porém pode não ser possível no início do tratamento, já que seu cão poderá se cansar ou pode até já ter desenvolvido problemas motores.

Aguarde um pouco, até que a redução do peso corpóreo provoque no cão o prazer de retomar as caminhadas.


Portanto, não hesite em marcar uma consulta com seu veterinário para conselhos e um plano de alimentação saudável para ajudar seu cão a combater o excesso de peso. Abaixo a obesidade canina!

E seu pet? Está ou já esteve acima do peso ideal? Conte aqui pra gente! 🐾

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